sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Arrependimentos? Alguns!

Eu nunca neguei que sou meio maluca e nem alimentei ilusões e ser uma pessoa sensata. Vou falando todas a merdas que dão na cabeça e, pelo raciocinio dos outros, vou descobrindo que aqui e acolá falo ou faço algo que se aproveite, mas isso não é costumeiro. Acho que as poucas pessoas que me amam no mundo, só podem ser almas muito elevadas, daquelas que veem qualidades até nos cocôs de pombos que sujam as janelas mais altas e mais dificeis de limpar.
Sempre fui mão aberta, boca aberta, coração aberto. Mas eu não creio que isso seja qualidade e nem acredito que foi isso que me fez ter alguns amigos verdadeiros. Acho, repito, que isso é um feito da alma elevada desses seres com quem eu tive a honra de cruzar nessa caminho tortuoso, perigoso e, contra todos os indicios, bastante feliz que tem sido a minha vida.

Então chegou a hora de olhar pra tras, refletir e mostrar arrependimento por algumas coisas. Observem que esse é um momento raro, porque eu não sou do tipo que olha pra tras.

Vamos lá:

. Me desculpem os amigos de ciencias sociais pelos rompantes que tiverem que alguentar.
. Me desculpem os amigos de arqueologia pelo mau-humor matutinos diario, as crises, os palavrões e as verdades sem necessidade que tiveram que ouvir.
. Me disculpem os mediocres, os quais eu deixei obvios o defeito da mediocridade, sem me incluir entre vocês, mesmo merecendo.
. Me desculpe ao governo federal, por me aprveitar de suas vagas na universidade e não fazer jus ao que foi investido em minha educação.
. Me desculpe o Junior, ex-namorado da minha amiga Dai, por não entender que você é puro o suficiente pra não se conter aos rompantes da paixão. Emiti, em meus pensamentos, criticas muito severas a você, mas nunca deixei de te apreciar, eu juro.
. Me desculpe a Thays, por eu não entender que você também é movida por uma paixão dentro de você, paixão essa que te faz não ver o quanto o mundo pode ser bom, divertido e colorido as vezes. Eu deveria aceitar mais o seu jeito, porque é ele que me faz te amar.
. Me desculpe a Dai, por sempre querer ser como você. Inveja branca, tá!
. Me desculpe ao Marcus, meu marido lindo e perfeito, por eu acabar, mesmo sem querer, brincando com a sua vida, te arrastando pelo pais nos meus rompantes, te cobrar e te obrigar a me aguentar. Acredito que você merece coisa melhor que eu e sentir o seu amor por mim é a maior recompeça que eu poderia receber, mesmo achando que não mereço.


Tem mais um monte de outras desculpas que eu tenho que pedir, mas o momento ainda vai chegar.
Só não acho que eu deva pedir desculpas a minha familia, porque, na boa, não os acho responsaveis por eu ter me tornado a pessoa que sou hoje. Acho que a nova familia que eu criei me acarinha, influencia e apoia muito mais do que todo o que eu tive a vida inteira entre os de sangue.

agora, vamos voltando a minha programação normal, porque eu não faço o tipo emotiva.

Vamos recomeçar!

É sempre pela minha amiga Dai, ou pela minha amiga Thays, que eu escrevo nesse blog. Até porque, acho eu que só elas leêm. É a minha forma de me comunicar com elas de maneira completa, porque acho que um diario é maior (em significado) que um recado/depoimento/comentario em algum site de relacionamento escroto, que te obriga a ser sussinto e em que o objetivo é sempre se lido e aparecer.
Agora que não somos mais vizinhas, aqui elas podem entender comigo, podem me ajudar a lidar com aquilo que tanto estudamos na universidade: alteridade. Estou aqui lidando com isso na pele. Sou agente do meu próprio conto. Sou aquela que não controlou a vida, que se deixou levar. E, vamos combinar, eu era a mais propensa a passar por isso. Ter juízo e bom senso nunca foi o meu forte. A Dai sempre foi a ajuizada, a Thais a desesperada e eu sempre fui a efusiva.
Acho que hoje somos todas felizes à nossa maneira, mas acho que todas nós concordamos que podemos fazer mais ainda.
No momento atual eu me tornei mãe de lindo e esperto garoto, a Thays acabou se tornando uma jornalista por mais que tenha se desfeito do curso por 4 anos, e a Dai está tentando ser academica na area de ciencias sociais. Sim, caimos no que era esperado.
Talvez eu, de todas nós, me decepcione mais com a situação. Não com o rumo que tomamos na vida, porque acredito em nossa felicidade, mas pelo fato de nos tornarmos tão obvias quando lá no fundo tinhamos o desejo de revolucionar (pelo menos eu tinha).
Vamos escrevendo e nos comunicando, porque a vida é feita disso mesmo. Vamos encerrando com meu aqui expressado desejo de ir pra praia, ficar ouvindo Jack Jhonson, fumando e bebendo coca-cola -- Isso é uma coisa que eu poderia fazer sem problemas a 1 ano e meio atras.