quinta-feira, 18 de junho de 2009

Criar um blog levantou o meu ego!

Todas as minhas amigas, inseparáveis ou não, confidentes ou não, amadas ou não, odiadas ou não, escrevem suas angústias, mazelas, alegrias e tosquerias em um "diário virtual". Hoje eu resolvi dar um crédito a esses escritos e fui conferir o que elas tem a dizer ao mundo. Tive a triste (ou não!) ideia de começar pelas duas mais CDFs (e não menos queridas) das amigas.
O que eu encontrei? QUALIDADE!
O que eu senti? ORGULHO (das minhas amigas) e SURPRESA (hoje em dia encontrar arquivos bons na internet é possível, mas dá o trabalho de uma escavação arqueológica).

Fiquei pensando em criar um pra mim também, expôr meus pensamentos mais íntimos (ou não!), as loucuras da minha vida, a dialética dos meus próprios pensamentos. Foi o que fiz!
Depois de passar uns minutos tentando ter uma ideia brilhante para um titulo legal pra o meu novo filho virtual lembrei de como me deparei com essa nova mídia: por um acaso. Mas não foi um acaso qualquer, foi pensado. Eu queria ler o que tinha a me dizer e fui atras.

Depois da "genial" ideia pra o nome do blog eu me sinto obrigada a escrever nele - afinal a função de um blog é essa. Mas, pensei eu, as minhas amigas não vão achar que eu as invejo por também querer um blog? Poderia ter feito um a anos, sabia como fazer e nunca me interessei em ter um. Por que, justamente quando li o blog delas, resolvo que também mereço que as pessoas conheçam minhas ideias? Eu quero mesmo que as pessoas conheçam meus pensamentos? Se eu for muito louca, se eu errar a pontuação e a ortografia, se eu pensar um monte de besteira, se eu não conseguir conter meus palavrões, vou ficar muito frustrada?

SIM, NESSE MOMENTO EU ME SENTI INVEJOSA.

Mas eu notei que eu não tinha inveja do blog, eu tinha inveja do conteúdo dele. Eu tinha inveja dos pensamentos que eu não tive antes delas. Eu descobri que eu queria ter aquela qualidade mental.

Quando me dei conta disso, comecei desesperadamente a digitar essas palavras, estou angustiada e preciso me expressar. Pode ser uma merda, cheio de erros e sem nexo nenhum, mas são meus pensamentos e eu vou ter orgulhos deles mesmo que eles não tratem de nenhuma coisa intelectual e interessante. Nunca fui muito famosa no meio virtual e, escrevendo essas palavras, percebi que não quero ser. Só quero dizer o que eu penso. Descobri que preparando um texto para publicar nesse blog que nasce hoje, eu vou conectando as minhas ideias. Um dia eu vou me orgulhar disso aqui (ou não!) e vou, para sempre, lembrar que um dia eu fiz um blog.

Talvez eu faça três posts em uma unica tarde e nunca mais tenha inspiração pra escrever mais nada. Depois disso, pra não deixar o blog morrer, eu vá buscar nos meus velhos cardernos, diarios e agendas qualquer coisa "legal" que algum dia eu tenha escrito pra postar aqui. E quando nem meus pensamentos do passado forem dignos de serem divulgados virtualmente eu começe a postar letras de músicas legais, até que um dia eu perceba que não tenho mais o que dizer nesse blog e desista. Ainda assim, jamais vou esquecer que fiz um blog.

Ou, ainda, talvez eu nunca mais escreva nada depois desse pequeno texto. Mesmo assim, eu repito: jamais esquecerei a experiencia.

Eu gostaria que as pessoas se identificassem com a minha sensação e aplaudissem a descrição que diz desse meu momento, que começassem a teorizar o que eu escrevi e no fim das contas interpretem completamente diferente (como fazem com os grandes clássicos), que colocassem meu blog entre as suas paginas favoritas, que me dessem dicas e muitos comentários. Eu gostaria muito, mas não preciso disso.

Esse é um blog que eu fiz pra mim e mesmo que você nunca mais leia nada que eu escrever, estarei satisfeita, porque todos oa dias alguem vai entrar aqui e ler isso. Sabe quem? Eu. Depois de hoje, meus pensamentos são tão bons quanto os de qualquer outro.

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